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Sociedade em inércia

A OMS divulgou que 47% da população brasileira em 2020 é considerada sedentária, se

os serviços públicos de saúde não buscarem promover ações e persistirem absortos 

a esse entrave, será formada uma sociedade totalmente inerte de exercícios.

            Segundo o médico e filósofo Hipócrates, "O que é utilizado, desenvolve-se, o que não é, desgasta-se. Se houver alguma deficiência de alimento e de exercício, o corpo adoecerá." Sob essa ótica, observa-se que a sociedade carece de exercícios físicos, visto que tem se intensificado o quadro de sedentarismo no País. Isso se deve ao fato dos meios midiáticos influenciarem o uso exacerbado das redes e, os órgãos públicos de saúde não destinarem a atenção necessária para mitigar o problema.

            A influência da mídia em alimentar o uso excessivo de meios digitais é o fator que impulsiona o revés. O escritor George Orwell afirma, "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa." Analogamente, em função do controle que a mídia exerce sobre a visão do corpo social diante dos meios tecnológicos, idealiza-se uma necessidade de estar conectado por mais tempo, dessa maneira, moldando pessoas alheias aos cuidados com a saúde, o que resulta no agravamento do quadro de sedentarismo no Brasil. Outro aspecto a ser considerado é a negligência por parte dos órgãos de saúde, no que se refere à criação de meios que divulguem e amenizem a problemática. A OMS divulgou que 47% da população brasileira em 2020 é considerada sedentária, se os serviços públicos de saúde não buscarem promover ações e persistirem absortos a esse entrave, será formada uma sociedade totalmente inerte de exercícios e, por conseguinte, acometida por diversas enfermidades, de pouco impacto ou até mesmo graves.

            Dessa forma, pode-se perceber que o debate acerca da inatividade da população é imprescindível para reverter o sedentarismo em busca da construção de uma comunidade mais saudável. Nessa lógica, é necessário que o Ministério da Saúde, quanto setor responsável pela proteção e recuperação da saúde no País, promova programas de incentivo às práticas físicas nas escolas, para que desde a juventude seja ressaltada a importância de tais para o desenvolvimento aprazível. E, ainda, seja feita a parceria desse setor com a mídia, a fim de divulgar em recursos televisivos, a necessidade de desligar-se para realização de atividades que agucem o bem-estar físico, mental e social. Assim, com essas medidas, será possível obter uma sociedade mais ativa e menos atingida por doenças.

Adrielle Almeida Dantas, aluna do 3° ano do curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-campus Colorado, dezembro de 2020.

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Sedentarismo na juventude

Incentivar a prática de atividades físicas é uma maneira

de evitar que uma criança ou adolescente se torne

um adulto sedentário.  

           Com o avanço da tecnologia, as pessoas estão cada vez praticando menos exercícios físicos. Com isso o sedentarismo só aumenta, o que provoca inúmeras doenças. Os jovens são os mais afetados, em que cada vez menos precisam usar o corpo. É necessário enfrentar esse problema, pois ele acarreta diversas ameaças para a saúde.

           Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que oito a cada dez crianças e adolescentes de 11 a 17 não realizam nenhuma atividade física. A tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia deles e, em razão disso, deixam de brincar ao ar livre e começam a passar muito tempo na frente da televisão e computador, com isso se tornam sedentárias. O fato se agrava quando há uma alimentação não saudável e excessiva. É válido salientar que brincadeira como, jogar bola, pega-pega, pular corda, entre outras, estimula a criança e adolescente a praticar atividade física, e não se tornar um adulto sem disposição e com problemas de saúde. Incentivar a pratica de atividades físicas é uma maneira de evitar que uma criança ou adolescente se torne um adulto sedentário.

           Pessoas sedentárias acabam adquirindo inúmeras doenças, como por exemplo a obesidade, aumento do colesterol, atrofia muscular, problemas articulares e cardiovasculares, diabetes, pressão alta e distúrbio do sono. Com a falta de alimentação controlada e atividade física, principalmente na adolescência, leva-os a não ter uma vida saudável, e até mesmo afeta as interações sociais, causando problemas psicológicos, ao isolamento, levando a pessoa a entrar em depressão. As atividades físicas são essenciais, além de ajudá-las a não ser sedentárias, previnem uma series de doenças, ajudam nos problemas psicológicos e a dormir bem.

           Fica evidente, portanto, a necessidade de prevenir o sedentarismo, principalmente nos jovens. Os Governantes, federais, municipais e estaduais, devem criar projetos que incentivem a pratica de atividade física, e que englobem todos os tipos de jovens. Além disso, as famílias precisam estimulá-los a não ficarem somente dentro de casa, praticarem alguma atividade física, para que eles não se tornem jovens sedentários e, assim, possam ter uma boa qualidade de vida.

Gabrielly Vitória de Souza Vianini, aluna do 3° ano do curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-campus Colorado do Oeste, dezembro de 2020.

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Por uma geração mais saudável

Os jovens estão acima do peso justamente por serem sedentários.

Isso se dá tanto pela falha educacional quanto pela 

falta de interferência familiar.

          O seriado “Chaves” retrata a figura do jovem “Nhonho” e do seu pai senhor “Barriga” que, por não praticarem atividades físicas, sofrem com a obesidade oriunda do sedentarismo. Infelizmente, a narrativa se faz presente na sociedade brasileira, na qual, não apenas, mas principalmente, os jovens estão acima do peso justamente por serem sedentários. Isso se dá tanto pela falha educacional quanto pela falta de interferência familiar. Dessa forma, emerge um problema complexo que precisa de intervenção. ​         

          Em primeiro plano, vale ressaltar como o falho sistema de ensino contribui para a ocorrência do problema. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a aula de Educação Física é uma obrigatoriedade escolar. Entretanto, com frequência ela é negligenciada, já que esportes e exercícios fundamentais são substituídos por brincadeiras que não agregam nenhuma vantagem e só tendem a continuidade do sedentarismo. Paralelo a isso, a escola é um âmbito que faz parte da rotina de muitas crianças e jovens e anular essa matéria torna como consequência uma geração obesa e carregada de problemas psicológicos, haja visto que o sedentarismo proporciona essas doenças de forma espontânea.  Outrossim, é válido analisar como a falta de atuação familiar facilita a inatividade. Sabe-se que o sedentarismo e obesidade é comumente associada a transtornos psicológicos, como a ansiedade e depressão, pessoas que sofrem com esses transtornos não possuem disposição e nem força de vontade para a prática de esportes -que é um grande aliado quando se trata de melhorias físicas e psicológicas-. Todavia, o apoio e incentivo da família é primordial para a fuga do sedentarismo na prática do esporte, mas ele não acontece em muitos lares e consequentemente impede uma vida saudável e tranquila da pessoa que é alvo desse descaso. O que expõe a necessidade de mudança urgente.

          Entende-se, portanto, que é necessário o debate sobre o sedentarismo na sociedade. Desse modo, cabe ao Ministério Público a fiscalização de todas as escolas para constatar se as aulas de Educação Física estão sendo repassadas de forma correta e eficazes, por meio de relatórios mensais de professores e alunos sobre as práticas efetuadas, para que os alunos não saiam da base educacional com sequelas mentais e físicas. Assim como, a Mídia deve incentivar a família por meio de vídeos televisivos que instiguem a vontade da prática esportiva familiar conjunta e a importância dessas práticas para o desenvolvimento saudável de todos os membros. Posto isso, toda nova geração será mais saudável.

Ketlen Lorraine de Oliveira Carvalho, aluna do 3° ano do curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-campus Colorado do Oeste, dezembro de 2020.

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A bolha social que torna indivíduos sedentários

A necessidade de encontrar estabilidade financeira tem como

efeito o desgaste do cidadão que, por conseguinte,

abandona os exercícios físicos e rende-se

ao sedentarismo.

        Segundo a Lei da Inércia, proposta por Newton, a tendência de um corpo é permanecer parado quando nenhuma força é exercida sobre ele. Fora da física, é possível perceber a mesma condição no que concerne à inexistência de ações que previnem o sedentarismo, o qual segue sem uma intervenção que o combata. Dessa forma, em razão das práticas adotadas no modelo capitalista e das consequências impetradas pela da Revolução Tecno-científico Informacional, emerge um problema complexo, que deve ser refletido a fim de que se encontrem soluções.

    Primeiramente, a tendência capitalista, no que tange à busca excessiva por melhores condições econômicas, é uma causa latente do problema, visto que essa procura possui maior relevância que a saúde corporal do indivíduo. No livro “Psicologia das Multidões”, Gustave Le Bon aborda o conceito do comportamento de manada, que consiste em práticas comuns e repetidas para própria sobrevivência. Nesse contexto, a necessidade de encontrar estabilidade financeira tem como efeito o desgaste do cidadão que, por conseguinte, abandona os exercícios físicos e rende-se ao sedentarismo.

      Outrossim, a Revolução Tecnológica corrobora o comportamento vicioso do uso de aparelhos eletrônicos, que torna, principalmente, uma parcela dos jovens brasileiros sedentários. O conceito “Positivismo”, de Auguste Comte, consiste na organização científica e diz que a tecnologia deve estar em benefício do ser humano. Sob essa lógica, as evoluções tecnológicas não cumprem totalmente seu papel de estarem propícias ao melhor desenvolvimento do indivíduo. Nesse sentido, essas inovações criaram uma sociedade dependente de aparelhos eletrônicos que, por seu uso sem cautela, tornam-se outra causa do aumento constante do sedentarismo.

        Portanto, uma intervenção faz-se necessária frente às causas que propiciam o sedentarismo no século XXI. Desse modo, compete às escolas, em parceria com a mídia, a realização de projetos socioeducativos, apresentados por professores de educação física e gravados para proliferação midiática, a fim de demonstrar, por meio de práticas e conceitos, a importância das atividades físicas, de modo que proponha a conscientização do indivíduo. Somente assim, o sedentarismo pode tornar-se incomum na sociedade.

Leonardo Ferregato de Andrade, aluno do 3º ano do curso Técnico 

em Agropecuária Integrado, IFRO-campus Colorado do Oeste, dezembro de 2020.

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O sedentarismo predominante em meio a população brasileira

A ausência de disponibilidade da população é um fator determinante

em seu estilo de vida, em vista que o corpo social não prioriza  a

realização de atividades físicas, já que durante o seu tempo

disponível, essas pessoas optam por descansar e sair

com a família.

         Para obter padrões adequados de vida, não basta apenas uma condição financeira estável, mas adquirir, primordialmente, uma saúde física e psicológica adequada. Diante disso, percebe-se a importância dos exercícios físicos na vida dos indivíduos. No entanto, ao analisar os índices das pessoas consideradas sedentárias no país, percebemos que essa situação é preocupante e precisa ser mitigada do âmbito social. Dessa forma, procura-se entender como a celeridade da vida moderna e o alto acesso as comunidades virtuais influenciam no problema.

         Sob esse viés, vale ressaltar a ausência de tempo como fator que impulsiona esse revés. A partir disso, alude-se a expressão “carpe diem” - que significa aproveite seu dia -, muito utilizada durante o período arcadista para representar um estilo de vida sem preocupações excessivas. Em contrapartida, na realidade vigente, a ausência de disponibilidade da população, é um fator determinante em seu estilo de vida, tendo em vista que o corpo social não prioriza a realização de atividades físicas, já que que durante o seu tempo disponível, essas pessoas optam por descansar e sair com a família. Desse modo, sem valorizar e entender a importância dos exercícios corporais, esses indivíduos não procuram adquirir hábitos saudáveis em seu horário livre.

         Outrossim, a alienação dos veículos midiáticos influenciam no problema. Sob a perspectiva do filósofo Mário Sérgio Cortella, a população brasileira atual, está mergulhada na instantaneidade e velocidade dos aparelhos digitais. Seguindo esse pensamento, verifica-se a existência de uma intrínseca relação existente entre o vício e o sedentarismo da população brasileira, uma vez que desde muito prematuro as crianças são influenciadas a terem o hábito tecnológico e praticamente não são motivadas a realizarem atividades físicas regularmente. Nesse âmbito, assim como os pais, elas desenvolvem o status sedentário muito cedo. Contudo, sem a conscientização e o apoio da família, esses indivíduos estão sujeitos a adquirir doenças cardíacas, respiratórias e físicas.

         Portanto, cabe ao Ministério da Saúde, - responsável pela promoção, proteção e recuperação da saúde da população - em parceria com empresas de mídia, a criação de campanhas que informem os riscos do sedentarismo à sociedade. Essa ação contará com a organização de palestras nas escolas, sendo aberto ao público externo, com a participação de nutricionistas e educadores físicos. Nesse aspecto, também terá caminhadas voluntárias nas cidades brasileira, a fim de conscientizar e incentivar a população a adquirir hábitos saudáveis. Somente assim, será possível consolidar uma nação com práticas físicas satisfatórias.

Rayane Melo Backschat, aluna do 3º ano do curso Técnico em

Agropecuária Integrado, IFRO-campus Colorado do Oeste, dezembro de 2020.

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Sedentarismo e suas consequências

O Brasil é considerado o segundo país mais obeso, ficando

atrás somente dos Estados Unidos, que é o país com mais

pessoas obesas no mundo.

       O sedentarismo é uma condição que atinge grande parte da população mundial, ocasionando problemas de saúde com altos riscos, como a obesidade. O Brasil é considerado o segundo país mais obeso ficando atrás somente dos Estados Unidos que é o país com mais pessoas obesas no mundo. Desse modo, a falta da realização dos exercícios físicos e a má alimentação podem acarretar doenças.

      Com a Pandemia da Covid-19, o isolamento social é um fator que vem influenciando no sedentarismo. Deixando as pessoas indispostas, com falta de energia para realizar atividades físicas, caminhadas, ou esportes. Gerando principalmente mudança na alimentação, fazendo com que se alimentem mais que o necessário, ou ingerindo uma alimentação inadequada com vários teores de açúcares e gordura, ou seja, alimentos muito calóricos e pouca proteína.

      O sedentarismo é preocupante nas crianças e adolescentes pelo motivo do alto uso das redes sociais. Estes, abrem mão de jogar um futebol ou fazer uma caminhada entre amigos para ficar na internet. É de suma importância uma boa qualidade de vida na fase juvenil, pois por consequência podem gerar riscos de patologias adquiridas nessa fase.

      A atividade física tem como benefícios prorrogar uma maior qualidade de vida, beneficiando o corpo e mente. Para que possa diminuir a quantidade de pessoas sedentárias é preciso buscar uma alternativa que minimize esses percentuais. Com a ajuda do estado, investir em projetos que estimulem a prática de atividades físicas, construindo locais públicos e estruturas que propiciem uma área agradável para práticas de esportes e lazer. O Ministério da Saúde com o apoio do governo precisa investir em palestras nas escolas sobre atividades físicas buscando mudanças nas atividades escolares regulares, de modo que todos possam participar de maneira adequada e prazerosa, visando a uma melhoria na qualidade de vida das crianças e adolescentes.

Maria Gabriela de Souza Justino, aluna do 3° ano do curso Técnico em

Agropecuária Integrado, IFRO-campus Colorado do Oeste, dezembro de 2020.

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Juventude participativa na sociedade brasileira

Quanto mais cedo a participação de jovens na sociedade,

melhores são os resultados obtidos.

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            A participação do jovem na sociedade é de salutar importância para um país promissor futuramente. Tendo em vista essa perspectiva, precisa-se de estratégias ativas para realização de ações concretas, que visam a auxiliar e incentivar jovens a lutar pelos seus direitos e cumprir seus deveres.

            Segundo dados do IBGE, jovens entre 15 e 29 anos equivalem a cerca de 50,5 milhões de brasileiros. Esses números são bem significativos e deveriam ser positivos, porém a realidade é diferente. Infelizmente quase metade dos jovens no Brasil estão desempregados, e isso se dá principalmente pela falta de escolaridade. Ainda há, os que acabam sendo pais cedo e precisam largar os estudos para buscar emprego, o que acaba dando prioridade aos serviços e descartando a possibilidade de um estudo qualificado para participar ativamente nas decisões importantes da sociedade.

            A carência em relação à educação escolar é nítida em diversos lugares do país. Aercio de Oliveira disse em uma entrevista que “Os jovens são fundamentais na construção de uma nova sociedade”. Ou seja, independentemente de uma boa educação ou não, o futuro será construído com base nos ensinamentos dos jovens dessa geração, e assim por diante. As consequências dessas falhas já estão sendo vistas por meio do aumento da criminalidade, doenças mentais, desemprego, desigualdades, preconceitos e inúmeras outras coisas. Todos esses problemas podem e devem ser debatidos, a fim de combatê-los. 

          Diante desses fatos, percebe-se as dificuldades encontradas em diferentes lugares do Brasil. Quanto mais cedo a participação de jovens na sociedade, melhores são os resultados obtidos. O preparo do jovem na escola é fundamental para uma base sustentável em ideias construtivas e realizáveis. Por isso, é dever de todos lutar pela educação de jovens que sonham em construir um mundo melhor. As políticas públicas devem agir de forma ágil e com excelência, a fim de atender esses jovens que buscam a construção de um futuro mais próspero e sem corrupções em benefício pessoal e da coletividade.

Amanda Candido da Silva, aluna do 3º ano do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, novembro de 2020.  

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A luta dos jovens por um espaço na sociedade

Ainda existem muitos empecilhos para eles exercerem seu papel de

cidadão com plenitude, fatos que necessitam ser abordados,

discutidos e combatidos.

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           Segundo o IBGE, a sociedade brasileira é composta por 50,5 milhões de jovens. Essa grande parcela da população está cada vez mais envolvida nos debates sociais e muito disso se dá porque os jovens perceberam que são o futuro da sociedade e devido a isso precisam lutar por seus direitos. Porém ainda existem muitos empecilhos para eles exercerem seu papel de cidadão com plenitude, fatos que necessitam ser abordados, discutidos e combatidos.

            Os jovens estão presentes em peso na sociedade brasileira e isso configura um ponto muito positivo na sociedade: um maior número de pessoas ativas economicamente que, por consequência, fazem com que a economia do país seja impulsionada. Porém, a falta de experiência dessa classe faz com que cada vez mais a taxa de desemprego da mesma cresça. Outro ponto que deve ser abordado é a falta de acesso ao ensino, que interfere na formação do indivíduo e faz com que ele não se torne um bom profissional.

            Esses fatores interferem na participação dos jovens, no entanto nem todos são afetados, pois existem aqueles que participam ativamente de movimentos sociais como os ocorridos em 2016, momento em que milhares de jovens por todo país se uniram para protestar contra a PEC 241, que limitaria o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Um meio de comunicação que ajuda os jovens em suas manifestações são as redes sociais onde, de alguma forma, os jovens expressam sua indignação, mostram sua força e lutam por seus ideais, mesmo sendo ridicularizados pelas gerações mais velhas em alguns casos.

        Para solucionar esses empecilhos as instituições de ensino, em parceria com o MEC, empresas privadas, secretarias de educação devem oferecer cursos profissionalizantes gratuitos e também vagas de trabalho como jovem aprendiz, visando ao ganho de experiência da classe jovem. Também é importante que essas instituições ofereçam palestras, cursos e, o mais importante, abram espaço para que os jovens falem, discutam os temas sociais relevantes e sugiram mudanças, tanto para eles próprios quanto para as gerações futuras, todos se unindo em busca de uma sociedade melhor.

Uender Henrique de Oliveira Canuto, aluno do 3º ano do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, novembro de 2020.

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A presença do jovem na sociedade

É preciso incluir os jovens aos poucos no meio social, 

a fim de que sintam-se interessados em contribuir.

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             Nas décadas de 40 e 50, os jovens foram capazes de mudar o estilo de vida e moldar gerações futuras com sua luta pela liberdade e defesa da paz e do amor, eles eram os hippies.  Entretanto, a contribuição dos jovens em sociedade, nos dias hodiernos, é mínima.  Logo, esse problema se estabelece devido à pressão social, falta de oportunidades e ao individualismo, necessitando de soluções eficazes para que seja mitigado.

           Em primeiro plano, evidencia-se, por parte da sociedade, a pressão imposta sobre esse grupo. O maior sofrimento social dos jovens é entrar de primeira em uma universidade, quando isso não ocorre eles encaram uma série de julgamentos da própria sociedade. Consequentemente, há o aumento de doenças psíquicas e o afastamento social, o que colabora para uma participação menor. Por isso, percebe-se que esses indivíduos se sentem acatados ao ajudarem e serem julgados, e acabam não cooperando.

         Ademais, o individualismo por parte desse grupo também contribui para o agravamento da questão.  Isso ocorre devido à ausência de práticas que estimulem empatia o que faz esses jovens ficaram sensibilizados com as atrocidades que ocorrem. Por consequência, não há preocupação em ser participativo socialmente. Essa situação é representada pela visão do filósofo Zygmunt Bauman em que afirma que vivemos em uma modernidade líquida, emergindo o individualismo e a fragilidade das ações humanas, reforçando o desinteresse. Diante disso, nota-se, que a falta de sensibilidade por parte dos jovens auxilia na permanência de quadro.

         Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas para solucionar esse problema. Dessa forma, cabe às escolas - instituição responsável pela construção social do indivíduo -  incentivar a empatia e desconstruir a pressão imposta, por meio de palestras que abordam sobre a importância da participação em sociedade e também elaborar projetos sociais para incluir os jovens aos poucos no meio social, a fim de que sintam-se interessados em contribuir. Desta maneira, os jovens voltarão a participar do meio social e para lutarem por seus direitos como os hippies em sua época.

Letícia Pandora, aluna do 3º ano do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado, novembro de 2020.

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Participação do jovem na sociedade atual

De acordo com o educador Paulo Freire, as escolas devem exercitar

uma educação crítica, com capacidade de reflexão

e que formem verdadeiros cidadãos.

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              A palavra “sociedade”, faz menção a um agrupamento de pessoas que colaboram mutuamente para o convívio coletivo, sendo esse significado abrangente a todos. No entanto, ao verificar a mínima participação dos jovens no contexto social atual, parece que eles não fazem parte dessa sociedade. Diante disso, é válido salientar que essa realidade é fruto do comportamento social e das falhas no sistema educacional.

               Sob esse viés, cabe ressaltar o preconceito social como fator que impulsiona esse revés. À luz dessa perspectiva, em suas obras, o sociólogo Zygmunt Bauman, disserta sobre as relações voláteis, com falta de alteridade e empatia. Seguindo esse pensamento, percebemos uma intrínseca relação existente entre o pensamento do autor e a realidade existente, tendo em vista que o corpo social se acostumou com as associações individuais, pois não promovem oportunidades para os jovens contribuírem com desenvolvimento do país, como por exemplo, na participação de projetos sociais e em discussões governamentais que envolvem o convívio mútuo. Dessa forma, essa população não compreende sua importância na comunidade, já que não executam seu papel de indivíduo de forma ampla.

          Outrossim, as falhas no sistema educacional agravam a problemática. De acordo com o educador Paulo Freire, as escolas devem exercitar uma educação crítica, com capacidade de reflexão e que formem verdadeiros cidadãos. No entanto, percebemos que o desejo do autor, é deturpado na prática, haja vista que as instituições de ensino estão “mecanizadas”, isto é, se preocupam apenas com a abordagem dos conteúdos teóricos. Nesse sentido, é nítido que o desejo de formar jovens pensantes e atuantes em todas as esferas sociais, é mínimo. Desse modo, sem oportunidade, a juventude brasileira cresce sem contribuir para o desenvolvimento da nação.

           Portanto, cabe ao Ministério da Cidadania, - responsável por contribuir para o exercício da democracia e do desenvolvimento social - em parceria com o Ministério da Educação, criar e organizar campanhas, nas escolas, que destaquem como o papel do jovem é importante para a consolidação de uma sociedade justa. Em suma, essa ação deve contar com aulas gratuitas de política, história e sociologia, sendo relacionado com o tema. Ademais, as discussões devem ser abertas para toda a comunidade, a fim de garantir maior participação da juventude brasileira em todos os âmbitos sociais. Somente assim, será possível que os jovens se tornem cidadãos visíveis na sociedade e partícipes da construção dela.

Rayane Melo Backschat, aluna do 3º ano do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, novembro de 2020.

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Importância da classe jovem para a sociedade

Torna-se essencial o investimento na faixa etária jovem para que

o país evite um colapso econômico no futuro.

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                   Em nossa sociedade, é perceptível que a voz jovem é a mais ativa em protestos e reivindicações de melhorias para a sociedade. O vigor e a capacidade de mudar o mundo são características muito enaltecidas dessa classe e famigeradas pelo meio cultural, como em canções e filmes. No entanto, ainda há entraves para garantir maior participação dessa classe na sociedade e beneficiar o país em geral. Desse modo, é preciso discutir a questão a fim de encontrar meios para que os jovens participem ativamente da sociedade. 

               Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 50, 5 milhões de pessoas na faixa etária entre 15 e 29 anos, o que se torna extremamente positivo para a movimentação da economia, devido ao número de pessoas economicamente ativas. Entretanto, o desemprego e a falta de acesso ao ensino são grandes adversários desse processo. Para o órgão, metade da população desempregada do país é jovem, e grande parte já tem filhos. Problemática que reflete negativamente no acesso ao ensino e tem como consequência a baixa renda.

               Em paralelo, estudos indicam que nos próximos anos o Brasil contará com um superenvelhecimento da população, ou seja, mais gastos com previdências e saúde pública e menor movimentação da economia. Assim, torna-se ainda mais essencial o investimento na faixa etária jovem para que o país evite um colapso econômico no futuro.

        Dessa forma, medidas devem ser tomadas para que essa problemática se reverta. Para isso, é necessário que os jovens se interessem e participem ativamente de diálogos sociais e assuntos em voga em nossa sociedade. Por meio do incentivo das instituições escolares para que estes participem de programas, como o Parlamento Jovem Brasileiro, que aumentem seu engajamento em processos importantes e edificantes, por meio de palestras e relatos de alunos próximos. Espera-se com isso promover maior participação dos jovens e que estes garantam lugares importantes na comunidade.

Priscila Hurtado Teodoro, aluna do 3ª ano do Curso Técnico em

Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado, novembro de 2020.

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Participação negligenciada

Essa parte da população (os jovens) enfrenta adversidades

para que sejam compreendidos.

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                     A representante do Fundo de População da ONU no Brasil, Astrid Bant, garante: "Os jovens são a nossa maior esperança de futuro". Conforme a afirmativa, é inegável que eles apresentam grande importância no que se refere à participação para alcançar um futuro promissor, entretanto, essa parte da população enfrenta adversidades para que sejam compreendidos, visto que as mídias não dão o valor necessário às suas opiniões e as escolas omitem o valor destas para a evolução do Estado.

                 Primordialmente, é imprescindível pontuar que a má influência midiática promove o descaso à visão de mundo da juventude atual. Como dito na música "Não é sério", dos cantores Charlie Brown Jr e Negra Li, os jovens no Brasil são levados a sério, isso se deve ao fato serem retratados como irrelevantes para a resolução dos problemas que acometem a sociedade, criando assim uma visão deturpada de suas concepções, e por conseguinte impedindo que grandes visões sejam levadas em conta para que ocorra o progresso brasileira.

                   Ademais, outro fator que corrobora a permanência da problemática na atualidade é a omissão das escolas, que não lhes apontam desde cedo a importância de sua atuação para melhoria da vida coletiva. Segundo o educador Paulo Freire, "A escola não transforma a realidade, mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a transformação, da sociedade, do mundo, de si mesmos", de forma análoga a isso, é fato que a escola tem como papel direcionar os indivíduos para realização do seu papel diante da coletividade, e quando não há esse direcionamento, são formados cidadãos sem consciência alguma de seus direitos, e ainda, incapazes de estabelecer seus posicionamentos diante das situações que vivenciam.

                   Portanto, é mister que os setores governamentais tomem providências, que resolvam o impasse de forma efetiva. Para tornar-se notória a influência positiva da juvenilidade na nação, é necessário que o Governo Federal, como instância máxima da administração executiva Nacional, direcione capital, para que, juntamente ao Ministério da Educação (MEC), sejam criadas campanhas publicitárias, que divulguem a relevância da atuação dos jovens do País nas diversas esferas, sejam políticas, culturais e sociais. E cabe à escola, setor responsável pela formação de conhecimento desde a infância, fomentar na vida acadêmica o valor que eles possuem na resolução de entraves que os acometem, por meio de discussões em aula, que os incentivem participar do grande diálogo social a fim de que colaborem com a solução dos problemas. Desta maneira, a juventude hodierna, consumando a percepção de Astrid, deixará de ser apenas uma esperança e se tornará efetivamente o futuro da nação.

Adrielle Almeida Dantas, aluna do 3º do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, novembro de 2020.

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A dignidade da população em situação de rua

Pessoas em situação de rua são as chamadas “sobrantes”, elas são pobres e

sofrem um processo de falta de pertencimento à sociedade.

 

           No mundo pós-moderno em que vivemos, a desestabilização da condição salarial, desagregação das proteções ligadas ao mundo do trabalho e a diminuição do estado de bem-estar social acarretou no surgimento de uma subpopulação, que necessita do espaço da rua para sobreviver. Em que se figura a dignidade dessas pessoas?

            Pessoas em situação de rua são as chamadas “sobrantes”, elas são pobres e sofrem um processo de falta de pertencimento à sociedade. São pessoas que passaram por algum infortúnio em suas vidas e acabaram perdendo seus objetivos e seu projeto de vida. A pobreza, por mais que seja incisiva nessa situação, não é a peça chave: alguns moradores perdem seus laços afetivos, se afundam em vícios ou... simplesmente, não sentem que são dignos da vida social formal.

            A constituição de 1988 garante a vida digna a todos e a Assistência Social como política pública, mas os feitos em acabar com esse fenômeno social falham quando ele é visto como algo isolado. Essas pessoas não estão nas ruas apenas por falta de moradia, existem vários outros processos a serem levados em consideração. O Estado alça suas ações de apoio à essa população em segurança pública e criminaliza o comportamento desses. Os serviços de abrigagem são rígidos e visam a mudança de comportamentos, em oposição à segurança dessas pessoas.

            O ato de morar na rua é acompanhado com os vícios em drogas e álcool e violências constantes. Para combater esse processo e garantir a dignidade dessas pessoas, é necessário que as três esferas de poder do Estado cooperem com as políticas públicas de assistência social, saúde, segurança e educação. A assistência social, ao invés do caráter rígido, tem que ser vista como uma travessia para os outros serviços. O Sistema Único de Saúde tem de buscar uma política de acolhimento à essa população, deixando de exigir a papelada administrativa para o atendimento e buscando ajudar ativamente esse público. As políticas de oferta de moradia só devem ser feitas depois dessas duas etapas terem sido concluídas. O acompanhamento constante dessas pessoas deve ser uma regra, assim como a reinserção à escola para aqueles que não tiveram oportunidade de concluir um alto grau acadêmico.

Carla Gabriela Santos Fernandes, aluna do 3º ano do Curso Técnico em

Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, outubro de 2020.

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Moradores de rua: além de uma escolha

Dentre as causas que levam as pessoas a viverem nas ruas,

estão a perda de emprego, conflitos familiares e uso de drogas.

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          No Brasil, os moradores de rua estão presentes em um número alarmante. Apesar de serem muitos, passam despercebidos aos olhos de quem deveria estar promovendo melhores condições de vida: os líderes. Sejam eles governantes nos contextos federal, estadual e municipal. Os direitos humanos asseguram os direitos fundamentais, como o direito à vida, saúde, segurança entre outros. Mas será que esses direitos estão sendo cumpridos para com as pessoas que vivem em situação de rua?

          A primeira situação que vem à mente ao se pensar a respeito dos moradores de rua é a fome. E realmente, é um problema gravíssimo que deve ser solucionado com urgência, mas, além disso, existem outros problemas relacionados a essa condição: como a segurança, que não é eficaz, resultando em um alto índice de violência contra essas pessoas. O saneamento básico, que é praticamente inexistente para os moradores de rua, a saúde, que é precária e por muitas vezes esses cidadãos não chegam a serem atendidos no próprio sistema público de saúde.

          Dentre as causas que levam as pessoas a viverem nas ruas, estão a perda de emprego, conflitos familiares e uso de drogas. Ou seja, a “escolha” de ir viver nas ruas não é algo natural, existe uma série de fatores que determinam essa condição, que... apesar de ser deplorável, ainda é uma alternativa para amenizar os problemas encontrados em casa, ou até mesmo a única alternativa que essas pessoas têm.

           Portanto os direitos fundamentais não estão sendo cumpridos para com as pessoas que vivem nas ruas. Sendo responsabilidade dos governantes traçarem estratégias para resolver esta problemática. Uma alternativa é disponibilizar locais que não estão em funcionamento e no domínio público para essas pessoas morarem. Outra possível ação diz respeito à disponibilização de subsídio para essas pessoas serem reintegradas ao mercado de trabalho, podendo assim conquistar uma condição de vida melhor e consequentemente sair das ruas. As pessoas que moram na rua não escolheram viver na miséria, elas foram condicionadas a essa realidade.

Eduarda Caroline Machado de Souza, aluna do 3º ano do Curso Técnico

em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, outubro de 2020.

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Um reflexo da desigualdade

O Governo Federal deve desenvolver políticas públicas que visem a amparar essas pessoas

garantindo-lhes os recursos básicos de uma vida digna para que possam reestruturar suas vidas.

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         O mundo vive dia após dia um triste cenário de desigualdade, principalmente, econômica. Esse cenário é, certamente, reflexo do mundo capitalista em que se vive, cuja minoria da população possui a maior concentração de renda em relação aos demais. Essa realidade faz com que milhares de pessoas vivem em situação de rua, desabrigadas e desamparadas, seja por falta de emprego, conflitos familiares ou por abuso de álcool e drogas. Portanto, medidas devem ser tomadas de forma imediata, para que a dignidade e os direitos básicos de um cidadão sejam assegurados a essas pessoas.

          É inegável que esta é uma situação de exclusão social, caracterizada pela má distribuição de renda entre a população e um reflexo, também, de fatores históricos, culturais e sociais. Diversas são as causas que levam as pessoas a morarem nas ruas, principalmente, em grandes centros como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, por exemplo. Tal situação está vinculada ao desemprego, que nesse ano bateu recorde e atingiu 13,1 milhões de pessoas, segundo a Folha de São Paulo, também à violência, conflitos familiares, falência e, consequentemente, ao uso e abuso de drogas e álcool.

          Um exemplo concreto é ilustrado no filme O Vendedor de Sonhos, que retrata a vida de um famoso psicólogo que está prestes a cometer suicídio, porém, é amparado por um morador de rua que tem valiosos ensinamentos a ele. Esse homem passou a viver nas ruas após perder a família e, então, ver tudo aquilo que deixou de viver iludido com bens materiais e riquezas inigualáveis. E, sendo assim, ele diz que "na realidade todos somos traidores. Traímos nossos sonhos, finais de semana, férias e o mais importante, traímos o tempo que jogamos fora, quando deveríamos estar ao lado de quem amamos".

            Percebe-se tamanha desigualdade econômica que coloca milhares de pessoas em situações precárias e de extrema pobreza. Portanto, o Governo Federal deve desenvolver políticas públicas que visem a amparar essas pessoas garantindo-lhes os recursos básicos de uma vida digna para que possam reestruturar suas vidas. Deve também, incentivar ONG´s que se dedicam a essas pessoas e o Ministério da Saúde deve desenvolver projetos que levem atendimento às ruas para que essas pessoas possam ter melhores condições de saúde e bem-estar, evitando maiores problemas.

Gabriela Ansiliero de Lima, aluna do 3º ano do Curso

Técnico em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, outubro de 2020.

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A invisibilidade social de pessoas em situação de rua

A Constituição Federal,  em seu artigo 5º, afirma que todos são iguais

perante a lei sem distinção de qualquer natureza.

 

            Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, é dever do Estado garantir o acesso à saúde, bem como é responsável pelas medidas publicas para zelar do bem-estar físico de todos os cidadãos. No entanto, o Brasil apresenta uma ineficiência para cumprir o estabelecido em sua constituição, segundo o INEP, 110 mil pessoas se encontram em situação de rua no país. Essa minoria sofre com o descaso da sociedade por meio de preconceito, violência, entre outras formas de desprezo. Sendo assim, é necessária a intervenção para mudar esta trágica realidade.

            Primordialmente, devem-se ressaltar as inúmeras causas que levam as pessoas para às ruas, entre eles, o alto custo de vida assimilado à taxa de desemprego, conflitos no âmbito familiar, dependência as drogas ilícitas ou licitas. Consequentemente, essa classe social vulnerável sofre sem nenhuma forma de apoio por conta do Estado e são submetidos a condições desumanas de vida.

            Em 2009 foi criada pelo Governo Federal a Política Nacional para a População em Situação de Rua, que em tese é responsabilidade do Governo Federal a responsabilidade de garantir moradia, alimentação, segurança, condições de vida favoráveis para esses cidadãos. No entanto... cabe ao Estado concretizar esse programa, sendo assim, se torna ainda mais evidente o abismo que há entre a existência de uma nacional e a sua eficiência de aplicação.

            Além disso, a Constituição Federal,  em seu artigo 5º, afirma que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. No entanto, a privação dos direitos civis, sociais e políticos mostra a diferença entre ser cidadão no papel e a realidade. Barão de Montesquial disse que “o amor da democracia é a igualdade”, no Brasil esse amor é platônico, onde a igualdade está longe de alcance.

Outrossim, a ausência da mídia perante a essas pessoas em condições de rua escancara ainda a invisibilidade social dessa classe. Pessoas em situação de rua sofrem a todo o momento com algum tipo de violência, sendo ela física, verbal ou mental, e na grande maioria dos casos os agressores saem impunes. A parcialidade dos meios de informação é aceita pela a sociedade, tanto que, são raros os casos em que a mídia relata o sofrimento e as condições críticas em que se encontram essas vítimas.

            Portanto, são necessárias ações que propiciem a essa classe viverem dignamente. É necessária que haja intervenção do Governo juntamente com as ONGs a criação de um plano governamental para a reclusão desses indivíduos dentro da sociedade. Cabe também a interferência do Governo Federal para a criação de programas de trabalhos e casas de apoio. Além disso, a mídia deve criar campanhas por meio de seus vários veículos de comunicações, a fim de desconstruir o preconceito com pessoas em situação de rua.

Kaiky Liotto, aluno do 3º ano do Curso Técnico em Agropecuária

Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, outubro de 2020.

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Os invisíveis

Esse grupo social vulnerável vive de forma deplorável, por vezes

desumana, em meio ao preconceito e a violência.

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             A Constituição Federal do Brasil determina em seu artigo 5º que todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e, ainda, garante o direito à vida, à liberdade, à segurança, à igualdade e à propriedade a todos. Entretanto, existem mais de 110 mil pessoas em situação de rua no país, pessoas excluídas da sociedade e praticamente invisíveis aos olhos do Estado (indique a fonte da informação). Esse grupo social vulnerável vive de forma deplorável, por vezes desumana, em meio ao preconceito e a violência. Essa realidade precisa mudar a fim de que os preceitos legais da Carta Magna sejam atendidos e a dignidade estabelecida à população de rua.

            Primeiramente, é importante ressaltar os motivos que levam as pessoas a viverem nas ruas, entre eles, os principais são conflitos familiares, desemprego (dificuldade em manter alguma propriedade), alcoolismo e uso de drogas. Sem apoio governamental, passam a viver com a dignidade diminuída, sem saneamento básico e em péssimas condições de higiene. Essa minoria é vista como inferior por grande parte da sociedade, e por isso, é marginalizada e desumanizada. Essas pessoas são vítimas de violência (física, moral e patrimonial), e acabam desenvolvendo, muitas vezes, doenças emocionais e mentais. Além disso, vale salientar, que muitas delas são vítimas de assassinato e que os seus agressores, na maioria das vezes, ficam impunes.

             É válido destacar ainda que, existe um contraste entre os direitos constitucionais desses indivíduos e a efetivação deles. Há, no papel, uma política nacional para a população em situação de rua, na qual o Estado seria responsável pela garantia da moradia, alimentação e encaminhamento dessas pessoas para centros comunitários. No entanto, é notável a negligência do Estado quanto a isso. Ainda que existam abrigos, essas pessoas não têm a assistência que precisam. Nesse contexto, a irresponsabilidade do Governo é um dos impasses dessa problemática.

             É necessário, portanto, que esse grupo em situação de vulnerabilidade passe a ter os direitos básicos atendidos. Para isso, cabe aos Governos municipais, estaduais e federal criar parcerias com grupos sociais e desenvolver políticas públicas que consigam de fato, garantir a inclusão social e a ressocialização dos indivíduos que vivem em situação de rua. Ademais, os meios midiáticos devem criar campanhas que exponham a realidade dessas pessoas e incentivem a assistência social para que, com isso, haja uma sensibilização da população e do Poder público e assim, os direitos que existem na teoria possam ser efetivados. As minorias precisam do apoio de todos.

Lorrayne Eluane de Assis Jesus, aluna do 3º ano do Curso Técnico em

Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste, outubro de 2020.

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​Cotas, sim!

A lei de cotas veio para corrigir o erro de ter privado negros e

pobres de poderem entrar em uma universidade, de

poder conseguir um curso superior completo.

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      Cotas sociais fazem parte de um sistema que prevê oportunizar acesso a negros, índios, pessoas de baixa renda e àquelas com necessidades especiais a conseguirem ingressar em uma faculdade, seja pública ou privada. É um sistema de reserva de vagas a esse público secularmente desprovidos de oportunidades sociais, econômicas e educacionais.

      A Lei 12. 711/2012 é a que rege as cotas e assegura a todos os alunos que estudaram em escolas públicas o direito de fazer um curso superior. Segundo site G1, as vagas ocupadas por alunos cotistas em instituições federais totalizaram, em 2012, ano da criação da Lei, 50.146 para 127.282 alunos matriculados, um acréscimo aproximado de 154%. Já em 2016, o prazo inicial de vigor da lei, observou-se que o objetivo dela foi um sucesso, alcançando 50,6% dos alunos matriculados em cursos superiores, ou seja, das 243.131 vagas oferecidas, 122.555 foram ingressantes pela Lei de Cotas.

      A Lei, como se nota, trouxe oportunidade a uma parcela da sociedade, negros, pardos, indígenas e pessoas necessitadas que, noutra situação, não conseguiriam estudar. As cotas, portando, sinalizam como uma forma de redimir a conta secular devida pela sociedade desigual. Nesse sentido, engana-se quem pensa que se trata de uma esmola. Elas corrigem uma distorção social e propiciam equidade nos direitos relacionados à educação, logo esse benefício precisa ser defendido e ampliado.

       Mesmo com as cotas, é possível notar que persiste grande desigualdade. Prova disso é o fato de a grande maioria dos negros que têm o curso superior concluído ainda trabalharem em funções inferiores a seu ensino ou nível educacional. A presença de negros hoje em dia no mercado de trabalho tanto com ensino superior ou não, ainda é ínfima mesmo havendo o sistema de cotas, desde 2012.

        Por mais que estejamos no século XXI, com toda a evolução e conhecimento, algumas pessoas ainda assim parecem viver como nos séculos passados, em que o preconceito estava em evidência, não aceitando que o mundo mudou e com essa mudança trazendo consigo a aceitação e igualdade.

         As cotas não eram aceitas em algumas instituições do país, reforçando o preconceito contra negros e pobres. Com o passar do tempo, mais e mais faculdades foram aderindo ao sistema porque perceberam que com isso estariam ajudando a educação do país. Assim o que era para ser apenas uma tentativa de melhora, acabou virando lei, o que é ótimo, pois todos têm o direito de se tornarem alguém na vida pelas vias da educação, mesmo que seja pobre ou negro, isso não muda nada.

       Mesmo que comprovadamente as cotas promovem justiça social, muitos ainda são contra. Argumentam que cotistas só têm esse direito porque não são capazes de conseguir ingressar em uma universidade sem esse recurso. Essa visão não tem consistência, pois dizer que são ou não capazes depende se as oportunidades também são ou não iguais para todos. Isso é reforçado pelo que afirmou Aristóteles quando disse que “A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si”, logo se não há democracia nas oportunidades, deve haver correção para que as diferenças não sejam discriminatórias.

       Agir com igualdade precisa estar amparado no princípio de justiça, ou seja, havendo igualdade entre negros, pardos, índios e suas etnias, tendo mais aceitação com o diferente.

      A lei de cotas veio para corrigir o erro de ter privado negros e pobres de poderem entrar em uma universidade, de poder conseguir um curso superior completo. Corrige, ainda, a falha da sociedade que muitas vezes está ocupada demais para perceber a condição de seu próximo e tentar ajudar.

        As oportunidades, hoje em dia, realmente mudaram muito, muitas coisas são aceitas, mas claro ainda existe o preconceito e a exploração. Apesar disso acredito que ainda podemos ter um país melhor, que aceita o diferente, como diz a música do cantor Gui Amaral “[...] talvez não exista o ódio, seja só carência de amor...” talvez seja isso que falte, mais amor e menos preconceito, mais aceitação e menos discriminação. Essa postura pode começar a mudar reconhecendo o sistema de cotas como justo.

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Nathally Gabrielly, outubro de 2019

Independência: morar sozinho

Junto com a construção da independência, damos seguimento à formação da

responsabilidade, da atitude, pois, como diz a frase do escritor Victor Hugo '

'Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade''.

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       Grande maioria dos jovens de hoje só anseia a uma coisa: a independência. Isso significa, principalmente, morar sozinho. Muitos não percebem que esse desejo implica outras questões, como a financeira principalmente. Mesmo com tantas adversidades, é direito, sim, de o jovem buscar conquistar sua liberdade.

           Desde cedo, somos criados para o mundo, ou seja, para nos virarmos sozinhos. Mas por que os pais não aceitam que é hora de nos deixar ir? Muitos usam a desculpa de que não estamos preparados ainda. Porém, não são apenas os pais a colocarem empecilhos; a questão financeira pesa, pois ela é a principal chave para se permitir ou impedir que se abra essa porta.

          A questão de arrumarmos trabalho, alugar ou comprar uma casa ou um apartamento, pagar as contas, a alimentação, saúde e etc... é o nosso principal desafiador para darmos esse passo. Hoje em dia arrumar emprego não é impossível, mas é difícil. Precisa-se de requisitos que muitos não possuem, tornando mais complicada a empreitada. Existem aquelas pessoas que na família já têm uma questão financeira melhor, que ajuda a prosseguir com o desejo de independência. 

              Para termos nosso próprio lar, precisamos ter uma estabilidade emocional adequada, porque, com o fato de morar sozinho, se a pessoa não estiver bem de todas as fórmulas, a solidão chega junto, e acarreta estrago grande, como a depressão, ansiedade, cansaço psicológico, a preguiça, a tristeza entre outros pontos negativos. Por isso, precisamos acima de tudo nos conhecermos, para termos a certeza de que estamos preparados para essa nova etapa.

          Como tudo na vida tem seus dois lados, a independência de morar sozinho é esplêndida, pois ter nosso próprio lugar, fazermos o que quisermos sem a interrupção de ninguém, fazer as atividades domésticas no dia em que quisermos, ter sua própria paz, se encontrar, muitas das vezes somente precisamos disto para ser feliz. Por outro lado, como toda escolha que fazemos, ela também tem suas consequências. Junto com a construção da independência, damos seguimento à formação da responsabilidade, da atitude, pois, como diz a frase do escritor Victor Hugo ''Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade''. Também podemos citar o fato de sermos o autor das nossas próprias conquistas, ou seja, como diz o ditado, ''correr atrás do prejuízo'', não esperar que as coisas caiam do céu, lutar por um futuro melhor. Ainda podemos falar sobre o reconhecimento do valor das coisas, como não gastar sem pensar no amanhã, economizar ao máximo e, acima de tudo, ter consciência do que fazer ou não. E o não menos importante, ter o próprio crescimento pessoal e social, tendo assim, orgulho de si mesmo por estar conquistando tudo que almejou na vida. 

            Mesmo que os pais sejam terminantemente contra; mesmo que Manoel de Barros tenha afirmado que ''A minha independência tem algemas''; mesmo que a sociedade reprove; enfim, mesmo que muitos digam o contrário e não incentivem, ainda sim é importante ressaltar que cada um pode fazer a escolha que quiser, e mesmo que não apoiem, devemos lembrar, que quem cria nosso futuro somos nós próprios, e ninguém tem o direito de interferir quando a vida não é sua.

 

Maria Fernanda Carvalho de Oliveira, outubro de 2019.

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Direito dos que necessitam

Enfim, é preciso destacar que o benefício do bolsa família é sim um grande

avanço contra a pobreza, miséria e em favor da igualdade social.

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         O Bolsa Família é um benefício disponibilizado pelo governo, para ajudar famílias com baixa condição financeira. No entanto, pessoas que não precisam desse apoio governamental se beneficiam, tirando dos necessitados esse direito.  Isso tem de mudar.

       Uma parte da população de classe média recebe a ajuda financeira, mesmo não precisando. Isso ocorre devido a essas pessoas mentirem sobre seus ganhos mensais e, o que é mais grave, por haver falhas na fiscalização efetiva dos órgãos de controle. Para combater fraude, há o CadÚnico, por meio dele são analisados os dados das famílias, para verificar se a pessoa que está solicitando o benefício necessita mesmo. Como diz Newton, ao se referir à lei da ação e reação, toda força gera como reação outra força; isso significa que se pessoas que não precisam do benefício forem beneficiadas, acabará tirando de quem precisa de verdade.

       Por ano, a exemplo de 2019, segundo o jornal eletrônico Gazeta do Povo, são destinados aproximadamente 30 bilhões para o Bolsa. Esse benefício é utilizado para pessoas com baixa renda, com o intuito de proporcionar mais acesso à educação, saúde e qualidade de vida. Neste ano de 2019, houve um reajuste de 2,6 bilhões, em relação ao ano anterior, beneficiando mais de 14,1 milhões de famílias necessitadas. Entretanto esse programa não atinge todas as pessoas que precisam, pois existem 54,8 milhões de pessoas consideradas em situação de pobreza, e 15,3 milhões em extrema pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017. Isso mostra que existem 70,1 milhões de pessoas precisando de ajuda do bolsa família, para conseguirem pelo menos o básico para viverem dignamente.

            Mesmo diante desta realidade, existem pessoas que têm coragem de dizer que o Bolsa Família não é necessário. É preciso sim, para ajudar pessoas que não têm condições financeiras.  Muitos dizem que o “bolsa família não cria políticas públicas que forneçam oportunidades de emprego e incentivo para que possam ganhar um dinheiro mais digno.”, mas por que ganhar o benefício não é digno?, só não é digno, quando a pessoa está ganhando, mas não precisa. É digno sim porque ajuda famílias a não passarem fome, ajuda as crianças não desistirem de seus estudos, com isso garantindo um futuro melhor.

            Argumentos contrários ao Programa, como os citados, são facilmente vencidos quando descobrimos que o valor do Bolsa, em famílias que tenham entre seus componentes jovens, pode chegar até 96,00 reais. Mas quando é verificada extrema pobreza, não existe um valor definido, já que o valor depende do cálculo que é realizado na família nessa condição. Em alguns casos, pode chegar a 205,00 reais mensais. Nota-se, portanto, que se trata de um valor baixo, mas que contribui com aqueles que pouco ou nada têm.  

          As prefeituras de cada cidade, gestoras do Programa, precisam cada vez mais investir tempo e esforço para que haja maior fiscalização dos órgãos de controle, para verificar se estão fazendo o seu trabalho. É preciso rigor no controle do programa, para que ele não seja para sempre e sim até que a pessoa consiga estudo e condições suficientes para trabalhar e se manter. Para assim o benefício ser passado para outra família que precisa. Além do CadÚnico, existe o cadastro único do governo Federal. Nele é classificado o grau de necessidade das famílias, mas como o cadastro é pela internet, é possível que sejam colocados dados falsos. E assim pessoas que não precisam, continuem ganhando.

            Enfim, é preciso destacar que o benefício do bolsa família é sim um grande avanço contra a pobreza, miséria e em favor da igualdade social. Então, é necessário que ocorra uma expansão do benefício, para que atinja pessoas que estão na miséria e na pobreza. É necessário que ocorra um controle rígido, para que não tenha quebra nas regras estipuladas. Para que, assim, pessoas que não precisam não ganhem, e aquelas que realmente necessitam sejam beneficiadas.

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Ana Késia da Silva Rocha, outubro de 2019

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Um bem necessário

 Esse sangue doado é utilizado para procedimentos e intervenções médicas,

além de ser indispensável para pacientes com doenças crônicas graves.

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         A solidariedade humana tem o poder de salvar vidas de diversas formas, uma delas é a doação sanguínea. Entretanto, deve ser levado em consideração que a sociedade não tem se doado a praticar esse ato tão nobre. O que e como fazer para que as pessoas doem sangue?

         Doar sangue não é apenas contribuir com aquele que precisa, é praticar empatia, se importar com o próximo, elevar a condição humana. Apesar de ser ato nobre, como já foi dito, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. Isso é deplorável, visto que, deveríamos estar unidos na luta, em busca de um país mais cidadão e humano, oportunizando, esperança, qualidade de vida e vida plena aos que necessitam.

        Triste a situação brasileira que em período frequente tem de elaborar campanhas como “Setembro Amarelo” e “Novembro Azul” para despertar a sociedade que parece estar inerte às ações que vão ao encontro de minimizar o sofrimento humano. As campanhas são importantíssimas para incentivar as pessoas a se importarem mais com o próximo. Mas, de certa forma, é insultuoso por, de certa forma, fazer com que sejamos “forçados”, “obrigados”, convencidos a praticar tal ação. Algo que deveríamos fazer naturalmente e de forma espontânea. Elas provam que há muito a melhorar nos seres humanos.

         Esse sangue doado é utilizado para procedimentos e intervenções médicas, além de ser indispensável para pacientes com doenças crônicas graves. Por isso é extremamente necessário que tratemos desse tema com seriedade, responsabilidade e afeto. Doar traz uma satisfação de ser útil, de praticar a humanidade, enfim, de estar melhorando a sociedade. Assim como as pessoas que recebem sangue se sentem gratas a ponto de se tornarem doadoras pela gratidão sentida. É como um efeito cascata em que a solidariedade contagia outros para fazer o mesmo.

          A religião tem um papel inegável em questão de ajudar na doação sanguínea, uma vez que tem como base em seus princípios o “amor ao próximo”, se as igrejas se juntarem pelo menos duas vezes por ano, que seja, imagina o quanto haveria nos bancos de sangue. Além das instituições religiosas, há o incentivo da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT –, em seu Art. 473, que prevê que o funcionário tenha um dia de descanso do serviço, sem prejuízo do salário, e a cada 12 meses, em caso de doação voluntária de sangue, devidamente comprovada.

           Diante disso, como vimos a doação de sangue é uma questão que precisa ser ampliada. Para isso, é necessário que o quarto poder, a mídia social deve usar de todo seu poder de persuasão para surtir efeitos positivos na sociedade, por meio de campanhas publicitárias nos mais diversos meios de comunicação, trazendo, assim, a doação presente na vida das pessoas, tornando-nos mais familiarizados com o ato de doar. Além disso, o poder público deve incentivar instituições de educação e as ligadas à saúde em uma só causa: fomentar a questão empática, com o propósito de fazer com que as pessoas se motivem a doar vida, que é o que o sangue proporciona.

Gabriela Ribeiro, outubro de 2019

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Aborto – um problema social

 Estima-se que mais de 20 mil mulheres morrem anualmente em

decorrência de abortos inseguros feitos em condições degradantes...

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      No Brasil, o aborto ou abortamento é considerado crime. Apesar de o feto sofrer as consequências ao ser retirado, esse método também pode causar riscos à saúde não só física, mas também mental e emocional da mulher. Isso precisa mudar, para que a vida, tanto do ser em formação como a da gestante, seja preservada.

       Por ser um ato ilegal mulheres acabam se submetendo a procedimentos clandestinos causando assim maiores riscos à saúde e à vida, pois um procedimento incorreto e sem condições higiênicas pode levar também à morte. Estima-se que mais de 20 mil mulheres morrem anualmente em decorrência de abortos inseguros feitos em condições degradantes, segundo o Instituto Guttmacher. A criminalização do aborto não é obstáculo para que seja praticado de maneira clandestina. No entanto, em clínicas não confiáveis e se acompanhamento médico a vida delas corre perigo. Por se tratar de uma prática ilegal não há dados concretos quanto à quantidade de ocorrências. O fato se agrava quando, até mesmo os abortos previstos em lei, são subnotificados. Isso ocorre porque muitas das que fazem a interrupção por conta própria sofrem consequências e têm que recorrer ao Sistema único de Saúde – SUS – para atendimento.

           O aborto pode ocorrer de maneira intencional ou de maneira totalmente espontânea, sendo em ambos os casos um processo doloroso para mulher que vive esse momento. Muitas pessoas, ao se depararem com uma gravidez indesejada, optam por tomar substâncias e medicamentos que visam a interromper a gestação. Essas substâncias, por vezes vistas como alternativas pela mulher, podem colocar a sua própria vida em risco. O público mais propenso a recorrer a procedimentos citados são os mais jovens.

          Na internet, muitas mulheres encontram receitas e venda de medicamentos proibidos que garantem a realização do aborto. Entretanto, a maioria não sabe os riscos que doses inadequadas podem causar. São relativamente frequentes os casos de mulheres que procuram os hospitais, após o uso dessas substâncias, com queixas de vômitos, diarreia, dores no estômago, sangramentos intensos, alterações na respiração e circulação. Em alguns casos, a intoxicação é extremamente grave, levando a mulher à morte. O aborto espontâneo acontece com maior frequência em algumas situações, sendo considerados fatores de risco mulheres com idade materna acima de 45 anos, as obesas, as com baixo peso, as que fazem consumo de drogas e o uso de alguns medicamentos.

           De maneira geral, as mulheres casam e têm filhos mais velhas do que há alguns anos, o que gera preocupações em torno de uma gravidez de risco, principalmente após os trinta e cinco anos de idade. Diversos estudos apontam a relação entre aborto espontâneo e a idade avançada, cuja taxa média de nessa idade pode chegar 60%, trazendo riscos à saúde física e psicológica. Enquanto mulheres com idade mais avançada tentam engravidar e constituir uma família, mas não conseguem, pois a Medicina considera o período biológico ideal para engravidar entre os dezoito e vinte e oito anos, mulheres jovens e com alto índice de fertilidade acabam cometendo esse ato ilegal e pecaminoso, por não se prevenirem durante o ato sexual. 

          Desse modo, afirma-se que a realização do aborto com ingestão de substância pode ser extremamente perigosa, além de ser considerada crime em nosso país. Para combater esse problema, é preciso que o país tenha uma política pública para a prevenção. Criar centros de ajuda, atenção e assessoria nas comunidades, sobretudo as mais carentes, para mulheres, especialmente em casos de gravidez indesejada. Apresentar programas e ações já existentes e específicos de ajuda a adolescentes grávidas para enfrentar os problemas particulares que este grupo especialmente vulnerável pode ter. Outra ação que pode contribuir é a de agilizar os trâmites de adoção para aquelas mulheres que, chegando ao final da gestação, não desejem ou não podem assumir a maternidade. Tudo isso pode evitar, portanto, que muitas mulheres e crianças morram nesse processo agressivo e doloroso.   

Tainara Paloma Canuto de Souza, outubro de 2019

 

 

Respeitar é preciso

Mesmo que as conquistas sejam uma realidade,

o preconceito ainda persiste, e isso precisa ser mudado.

 

               A constituição de família nos dias atuais está evoluindo cada vez mais. São novos conceitos, em contraponto ao modelo tradicional composto por homem e mulher, abrindo espaço para o casamento entre casais do mesmo sexo. Não se pode negar essa tendência, pois tudo evolui e, com isso, a sociedade também, logo aceitar as mudanças sociais é a melhor opção para que não se cometam injustiças, tampouco discriminação. 

                Os casais homoafetivos a cada dia vêm conquistando seu espaço na sociedade, como o direito de adotar uma criança e isso precisa ser expandido e aceito cada vez mais. É notável que essa classe ainda sofre preconceito. Na mesma medida que eles lutam por respeito, de certo modo soa como agressão para alguns, como os religiosos, como se fosse a própria morte. Como argumento contrário à união de pessoas do mesmo sexo, citam o livro bíblico Levítico, 18-32, onde diz que “Com homem não se deitarás como se fosse mulher, abominação é“. Como se nota, para os religiosos, isso é abominável, mas para os que pensam no ser humano, na felicidade, é apenas uma forma de amor.

                  Casos de agressão são registrados diariamente. Assassinatos de LGBT cresceram 30% entre 2016 e 2017, segundo relatório de O Globo. Levantamento mostra que a maioria das vítimas morre com armas fogo e na rua. A cada 19 horas, um LGBT é assassinado ou se suicida, vítima de “LGBTfobia” o que faz o Brasil campeão desse tipo de crime.

                    Apesar desses problemas, diversas conquistas foram possíveis, por exemplo, leis que amparam os casais homoafetivos. No dia 13 de junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada crime. Mais leis devem ser criadas para amparar essas pessoas, a fim de que elas não sejam agredidas pelo simples fato de serem gays. Devemos combater não são somente agressões físicas, mas também agressões psicológicas, as quais podem trazer problemas sérios, por exemplo, infelicidade, depressão, suicídio, pelo fato da pessoa não suportar essa pressão sobre ela.

                   O nome social para pessoas que trocam de gênero foi uma outra conquista. Segundo o decreto Nº 8.727, há a garantia de que, no atendimento em qualquer local público, se respeite o nome social, incluindo o preenchimento de fichas, formulários, crachás e prontuários, isso é válido para o uso administrativo. Essa mesma lei proíbe o uso de palavras discriminatórias para se referir a pessoas trans. A lei é de abril de 2016.

                   Para que pessoas homoafetivas tenham seus direitos garantidos e não sofram discriminação, é preciso que existam mais palestras que combatam o preconceito, mais campanhas publicitárias, mostrar para as pessoas que essa parcela da sociedade é igual a todos. Não é porque eles são homossexuais que são diferentes, que merecem apanhar ou sofrer pressão psicológica por isso, devem ser tratados como humanidade.

                    Mesmo que as conquistas sejam uma realidade, o preconceito ainda persiste, e isso precisa ser mudado. Apesar de essa parcela ter opiniões, ideias e, às vezes, ações diferentes do que a maioria, eles são seres humanos como todos e precisam ser tratados como tal.

Verônica Maria Alves de Moura,  novembro de 2019

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Abuso sexual: um grito por socorro

É preciso que denunciemos. É de extrema importância que pessoas e

instituições de unam para que possam agir em favor das vítimas,

levando-as assim a se sentirem protegidas a amparadas.

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           Mulheres, meninas, crianças e até mesmo meninos, não importa a cor a raça ou gênero, todos podem sofrer com abuso sexual. Um pedido de ajuda um grito por socorro são essas as palavras que deveriam ser usadas por suas vítimas. Jovens que sofrem caladas por medo de serem julgadas. Até quando viveremos com esse problema?

         Esse problema é grave e precisa ser combatido porque pode ser praticado por quem menos esperamos: um pai, tio, amigo, vizinho primo e até mesmo um avô. Não é possível que uma criança que teve sua Inocência roubada e em um futuro uma adolescente viva aprisionada em medos e pesadelos com pavor que seu agressor retorne e não tenha amparo. Em 2016, o sistema de saúde registrou 22,9 mil atendimentos a vítimas de estupros no Brasil.  Em mais de 13.000 deles 57% dos casos, as vítimas tinham entre 0 e 14 anos. Desses cerca de 6000 vítimas tinham menos de nove anos.

               As estatísticas são do Sinan, o Sistema de Informações do Ministério da Saúde, que registra casos de atendimento de diferentes ocorrências médicas desde 2011. É uma é uma espécie de ponta do iceberg do problema. Mesmo os números do Sinan, oferecendo uma visão central do problema, não retratam todos os casos de abuso sexual de crianças que acabaram no sistema de saúde. Isso porque nem todos os municípios do país reportam os casos, embora o procedimento seja obrigatório. Isso demonstra o quanto essas pessoas estão vulneráveis acarretando assim outro problema, impossibilitando que o governo proteja as vítimas e puna seus agressores, com isso colabora para que esse problema se a gigante.

“        Crianças e adolescentes de Até 14 anos são mais vulneráveis a ocorrências de estupro principalmente na Esfera doméstica. Os autores da violência, na maioria das vezes, são familiares e pessoas conhecidas” afirma a médica Fátima Marinho, da secretaria da vigilância em saúde do Ministério da Saúde.

                  A constituição é o mais importante conjunto de normas de um país que determina as atribuições e limites das instituições, os direitos dos cidadãos e os deveres do Estado. A constituição, também conhecida como Carta Magna, é a lei Suprema e fundamental do Brasil e se situa no topo de todo o ordenamento jurídico. Ou seja, nenhuma lei pode Contrariar o que está determinado nela. Para serem efetivadas os preceitos da Constituição devem ser transformados em leis. No caso da infância, a lei mais importante é o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8069/1990, o ECA é considerado um Marco na proteção da Infância e tem como base a doutrina de Proteção Integral, reforçando a ideia de “propriedade absoluta da Constituição”.

                 No ECA estão determinadas as questões, como os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, as sanções, quando há o conhecimento de ato infracional, quais órgãos devem prestar assistência, e a tipificação de crimes contra crianças até hoje, desde que criado, em 1990, o eca é um importante Instituto legal para proteção de crianças e adolescentes.

Uma das ligações que mais marcaram a atendente Camila, que trabalha desde 2016 no Disque Denúncia 100, foi um caso de abuso sexual de um bebê de 1 ano de idade. Ela recebeu a ligação de uma pessoa anônima, dizendo que, ao trocar a fralda da criança, encontrou seu órgão genital machucado e com pus ponto segundo o relato. A menina estava sendo abusada pelo padrasto, e a mãe não fazia nada porque não queria que o marido fosse preso. O fato da maior parte dos abusos físicos e sexuais virem da própria família torna o problema mais complexo e difícil de ser resolvido, já que a criança fica completamente desamparada e sem apoio justamente de quem deveria protegê-la.

              O Conselho Tutelar foi e continua sendo uma forma que encontraram para dar maior apoio e estabilidade à Criança e Adolescente vítimas não só de abuso sexual mas também de agressões físicas, psicológicas e emocionais. Por mais que o estatuto sirva para proteção dessas vítimas e conte também com a colaboração e outros órgãos, como MP (Ministério Público), há casos que os próprios familiares contribuem para que essas agressões se agravem como citou a médica Legista do IML (Instituto Médico Legal) Mariana da Silva Ferreira, “sobre uma garota de 15 anos cujo pai a estuprou por dois anos”, quando a médica falou com a mãe, essas foram as palavras da pessoa que deveria proteger a garota. “ela já é grande, sabia o que estava ela já é grande, sabia o que estava fazendo”.

                   São por pessoas assim que continuamos sem justiça em milhares de casos de abuso sexual. São atitudes e discursos como dessa mãe que tornam Esse ato abominável como normal e em grande número. Prova disso é o que a médica afirma que a porcentagem de paciente do sexo feminino segue os números das pesquisas sobre estupros: cerca de 70% a 80% dos casos ponto por serem mais frágil acabam sendo alvos mais fáceis. Soma-se a isso o fato de não terem tanta força para reagir em um ato brutal como esse.

Nós, pessoas que repudiam o abuso sexual, não podemos ficar imunes a essa tragédia social. É preciso que não fiquemos passivos. É preciso que denunciemos. É de extrema importância que pessoas e instituições de unam para que possam agir em favor das vítimas, levando-as assim a se sentirem protegidas a amparadas.

              É necessário, ainda, que as leis que protegem crianças e adolescentes sejam aplicadas sem ressalvas. Para isso faz-se necessário que se denuncie e haja investigações de “supostas denúncias”, para que essas brutalidades sejam abolidas da vida desses jovens, podendo assim eles viveram em um mundo onde o medo não seja companhia do seu dia a dia.

Tainara Paloma Canuto de Souza, novembro de 2019

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Se liga e respeite!

Então lembre-se, você mulher tem SEUS direitos, tem SUAS vontades, tem

SEUS momentos, e não é um ser de outro gênero que vai ditar o que você

pode ou não fazer, pois autoridade alguma ele tem sobre sua vida.

Escolha ser feliz, não se importando com que o outro diz! 

  

           Nos tempos mais afastados da atualidade, o machismo era um ato muito natural na sociedade. O homem era o centro de tudo, era quem mandava e desmandava e as mulheres eram literalmente submissas ao que fosse ordenado a elas. Triste realidade é que nos tempos atuais esse problema ainda persiste e precisa ser combatido sempre.

             Os maridos não deixavam as esposas trabalharem, mas, mesmo que trabalhassem, não ganhariam um bom salário, pois as mulheres não eram vistas como mão de obra boa. Por mas que fizessem o mesmo trabalho, ou até mesmo melhor, que os homens, ganhavam bem menos, o que claramente era (é) uma injustiça. Por mais que isso fosse comum em séculos passados, hoje em dia ainda se vê muito isso, mulheres trabalhando em funções iguais a de homens e ganhando um salário inferior ao deles. Alguns homens não gostam quando sua esposa/namorada ganha mais que eles, porque de certa forma se sentem inferiores, e assim até pedem ou fazem sua companheira sair do emprego, para satisfazer o seu ego machista!

           Quando a mulher é deixada pelo marido, ela era vista como incapaz pela sociedade, principalmente quando era ela que escolhia se separar. Um dos maiores julgamentos aparecia quando ela era traída, porque todos diziam que não era uma boa mulher, que era uma perda de tempo, porque não foi capaz de satisfazer seu marido, o obrigando assim a ir “procurar na rua o que não tinha em casa”. O homem visto como vítima, pois ninguém o via como uma pessoa de caráter duvidoso.

          Conforme os anos foram se passando as mulheres foram buscando seus direitos, foram ficando mais empoderadas. Por mais que ainda existam algumas que aceitam o machismo, que aceitam serem mandadas, deixando de lado seus princípios e vontades para fazer as vontades de um ser que não tem moral alguma para tentar mandar em sua vida e seus anseios, percebe-se diminuição de atitudes machistas.

           Um dos grandes problemas hoje é conhecido como o feminicídio, quando uma mulher é violentada até a morte de forma brutal e desumana, somente pelo fato de ser mulher. A legislação brasileira prevê dois casos que configuram na justiça como o feminicídio: – Violência Doméstica e Familiar; - Menosprezo ou Discriminação à Condição de Mulher.

           O feminicídio é um acontecimento presente hoje em dia.  Estudos mostram que 12 mulheres são assassinadas por dia e 135 são estupradas por dia. No mundo, 1 de cada 10 mulheres também adolescentes já sofreram abuso sexual. Dizem que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” mas, se mete sim! Se você vê uma mulher sendo maltratada, espancada pelo... sendo violentada física ou psicologicamente e não faz nada para tentar ajudar, em outras palavras, deixa por aquilo mesmo, você está só ajudando mais um agressor a escapar da justiça, não receber seu devido castigo, a prisão. A pena máxima para um caso de feminicídio segundo a Lei N° 13.104/2015 é de 12 a 30 anos de cadeia.

             Um equívoco: a mulher é tida como sexo frágil pelo fato de que a grande maioria é mais debilitada de força física. Ledo engano. A mulher é forte e prova isso no seu dia a dia, né moreh! É certo que pode ser mais propensa a maus tratos. Algumas mulheres aceitam que seus “companheiros” batam nelas, não por gostarem, mas, sim por medo, medo de não conseguir seguir em frente, medo por muitas vezes estarem sendo ameaçadas de morte, ou por simplesmente seu “amado” mexer com seu psicológico, afirmando que mais ninguém vai querer ficar com ela, que ninguém mais vai amá-la. Chegam a insultar falando que é gorda, que não presta para nada, que não é bonita, demonstrando claramente seu sexo afetado que para conseguir de certa forma segurar a mulher precisa xingar ela, porque sabe que se ela quiser tem total capacidade de seguir em frente, de conseguir alguém melhor ou de conseguir se virar sozinha, não dependendo de ninguém.

               O feminismo é um movimento, e não uma forma de as mulheres fazerem bagunça, como dizem alguns. Esse movimento organizado de as mulheres buscarem seus direitos, de buscarem a igualdade.  Se o feminismo não existisse, nós (mulheres) não teríamos o direito a muitas coisas, os homens ainda teriam o poder em completamente tudo e ainda seríamos “escravas” de uma época sem direitos e aprimoramento algum a mulher.

               Então lembre-se, você mulher tem SEUS direitos, tem SUAS vontades, tem SEUS momentos, e não é um ser de outro gênero que vai ditar o que você pode ou não fazer, pois autoridade alguma ele tem sobre sua vida. Escolha ser feliz, não se importando com que o outro diz!   

             E aja diferente para que não tenha o mesmo destino de Eulália, personagem criada por Marina Colasanti que diz:

            “É uma santa. Diziam os vizinhos. E dona Eulália apanhando.

            É um anjo. Diziam os parentes. E dona Eulália sangrando.

            Porém igualmente se surpreenderam na noite em que, mais bêbado que de costume, o marido, depois de surrá-la, jogou-a pela janela, e dona Eulália rompeu em asas o voo de sua trajetória.”

​         Então, vai continuar nessa de não se meter, não tentar ajudar? Diga CHEGA à violência contra mulher, se sabe de alguém que precisa de ajuda, que sofre em casa, ligue 190 e faça sua parte. Mulher nenhuma merece sofrer, VOCÊ, Mulher, merece o mundo, então não aceite menos que isso!

Nathally Gabrielly, novembro de 2019. 

 

 

 

Somos todos iguais

O amor é uma das maiores dádivas que Jesus Cristo nos deixou.

No mundo em que estamos precisa-se de muita caridade, compaixão e etc.

            

           Atualmente, a luta dos LGBTs pelo casamento homoafetivo vem acarretando pontos positivos comparado aos anos anteriores. Mesmo assim, ainda existem pessoas que não aceitam isso, mas por que, se todos temos o livre arbítrio para fazermos o que quisermos, e se a constituição garante a liberdade individual?

                Vivemos em um país em que na teoria todos temos direitos iguais perante a lei. Mas na prática não é bem assim, porque algumas pessoas não respeitam as escolhas dos homossexuais. Muitos chegam a afirmar que são abominações. Isso explica o fato de que em alguns lugares (países e estados) ainda não é liberado o casamento de pessoas do mesmo sexo.

               O amor é uma das maiores dádivas que Jesus Cristo nos deixou. No mundo em que estamos precisa-se de muita caridade, compaixão e etc. Se pararmos para prestar atenção, os homossexuais são os que mais transmitem afeição, carinho, solidariedade, entre outros sentimentos e ações de que precisamos. Os LGBTs também têm o direito de serem felizes, portanto temos que aderir à ideia de que cada um faz a escolha que quiser, e que somente Deus tem o direito de julgar.

                  Muitos dos que criticam, descriminam, ofendem os homoafetivos o fazem por razões religiosas, pois eles acreditam que o homem nasceu para mulher e a mulher nasceu para o homem, e que os mesmos não passam de abominações. Afirmam que na bíblia diz que é pecado. Essa postura religiosa contrasta com os ensinos de Jesus. Este nos ensinou o amor, ou seja, amar o próximo, não julgar. Mesmo alguns afirmando que a bíblia diz sobre esse casamento ser uma abominação, no entanto, na mesma bíblia Jesus nos afirma em Cântico dos Cânticos, capitulo 8, versículo 6 ‘’Que o amor é mais forte que a morte’’, sendo assim, que a união dos mesmos não é para a morte, mas sim, como tudo deveria ser, para o amor.

                O Estado brasileiro, que é laico, já deu um passo à frente quanto à união de casais homoafetivos. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concedeu a permissão de transformar a união estável dos LGBTs em casamento. Com isso, o casamento homoafetivo não só é uma ação legal, como também, um direito adquirido por eles.

         Como vemos atualmente, os relacionamentos de pessoas assim estão evoluindo diante da sociedade, porém, sem a velocidade necessária. Esperamos que as pessoas tenham consciência disso e aceitem, uma vez que já estamos no século XXI e é hora de evoluir!

               Com base nos dados acima, o Ministério da educação deveria corroborar a ideia de incentivar que as instituições de ensino promovam palestras, debates, eventos de modo que chamem a atenção, com o propósito de explicar a importância da aceitação. Instituições Religiosas deveriam pregar mais o amor e julgar menos. E o mais importante, a família deve, além de tudo, apoiar e conversar com seus filhos, parentes e estar do lado independente da escolha que o membro familiar fizer. Diante dessas ações, talvez possamos mudar o pensamento de muitos e tornar o mundo um lugar melhor.

Maria Fernanda Carvalho de Oliveira, novembro de 2019

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Depressão não é Frescura 

Estamos vivendo em uma época em que a interação, o olho no olho,

           a presença física estão se tornando cada vez mais dispensáveis.                                                                                                 

​            Depressão é uma doença psiquiatria que produz alterações no humor, como tristeza profunda, duradouras e sem motivo aparente. No entanto, ainda há pessoas que pensam que é frescura, que é fase, coisa de adolescente, enquanto isso, perdemos pessoas para o suicídio, principalmente, jovens entre 16 a 24 anos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 15 a cada 100 pessoas com a doença decidem por um fim na própria vida.  No contexto mundial a situação é mais grave: são aproximadamente 300 milhões de pessoas com depressão.  No Brasil, esse percentual chega a 5,8% da população com a doença.  Definitivamente não é frescura. 

                Muitas pessoas têm a doença, porém não procuram ajuda por medo do  "julgamento da sociedade", então recorrem a bebidas alcoólicas ou a drogas. O consumo de maconha na adolescência é também  ligado à depressão.  Em um estudo realizado pela revista Jama Psychiatry da Associação Médica Norte-americana traz evidências de que o consumo cannabis na adolescência aumenta o risco de depressão, ansiedade e comportamento suicida.

              Há várias causas que levam uma pessoa a um quadro depressivo, como perdas, conflitos familiares, amorosos ou de amizades. Não existe uma cura exata, apenas acompanhamento psicológico, em alguns casos mais graves, acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos. Como vimos, o adolescente está mais susceptível à doença, pois há uma pressão sobre corpo, cabelo, estudos, vida amorosa, decisões que irão impactar no seu futuro, uma pressão que o adolescente impõe a si próprio. As redes sociais também contribuem para um quadro depressivo, quando postamos uma foto e não ganhamos tantas curtidas, logo vem a sensação de fracasso, de ter feito algo errado. 

                  Estamos vivendo em uma época em que a interação, o olho no olho, a presença física estão se tornando cada vez mais dispensáveis. Fazemos amizades virtuais, compras, vemos filmes, praticamente tudo pela internet, por isso estamos nos tornando sozinhos, criando gerações de pessoas (e também nos tornando) isoladas e deprimidas. Muitas vezes vemos nas redes sociais uma falsa felicidade. Por outro lado, existem pessoas depressivas que se refugiam na internet para criar algum tipo de vínculo com pessoas desconhecidas, por não conseguirem vincular-se fisicamente ao que estão mais próximos.

                A sociedade precisa aceitar a depressão como uma doença, e ajudar a minimizar os índices de ocorrência dela e de suicídios. É necessário fazer campanhas com artistas e o público afetado para falar sobre a doença, promover ações em todos os tipos de mídias, principalmente, a internet por alcançar um público maior, fornecer informações sobre essa doença. Palestras nas escolas e empresas, com relatos reais dos que têm ou que tiveram a doença e já tentaram se suicidar e com pessoas que perderam parentes e/ou amigos por causa da depressão.

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Gabriely Silva Melchior, novembro de 2019

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Ensino religioso no país laico

...e eu digo que ela precisa ser laica, para que assim não seja só

ensinada a crença que o docente acredita ser a válida.

 

            Já foi o tempo que o ensino religioso na escola era apenas mais uma disciplina. Depois da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, ela torna-se facultativa. Isso se nota no Art. 33 da referida Lei, que diz: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”. Como se percebe no artigo citado, é considerada uma disciplina normal, mesmo que facultativa, porém é obrigatório que se respeite a diversidade religiosa em sua efetivação, uma vez que o país é laico, logo se devem respeitar todas as religiões.

          Quanto ao ensino religioso na escola, para que não precise ser tirada a disciplina, é necessário que ocorram grandes mudanças, dentre elas como os professores a ensinam. É necessário que não seja ensinada a religião que o docente acredita, e sim todos os tipos existentes, para que assim seja respeitada a lei. Deve-se respeitar a escolha de todos, logo a escola não pode impor a sua escolha. 

          Este assunto é tão polêmico que já chegou nas instâncias da justiça. O Ministério público Federal, por exemplo, diz que “essa disciplina teria de ser laica”, e eu digo que ela precisa ser laica, para que assim não seja só ensinada a crença que o docente acredita ser a válida.

          Como muitos países defendem que a educação religiosa tem que vir de casa, cria-se um problema: nem todos os pais têm alguma religião, então se os pais não seguem uma doutrina religiosa os filhos também não seguirão. Além disso, mesmo que sigam uma doutrina, será só uma, e assim os filhos não aprenderão todas e sim só a que os pais acreditam. A Lei 9.394/1996 cita expressamente no artigo 19 que “Estado não pode professar, apoiar ou obstar qualquer fé ou doutrina”. Percebemos com isso que, embora seja citada em uma lei a disciplina, mostra que o Estado não pode interferir na religião de nenhum aluno, e sim defender e criar condições para que todas as religiões sejam contempladas. Muitas das vezes os docentes dessa área não ensinam todas as religiões por simplesmente ter preconceito contra elas. Isso se deve ao fato de acreditarem em uma só divindade, consequentemente têm dificuldade de respeitar a dos outros. É preciso entender que na escola precisamos de conhecimento amplo, e não em só um tipo. Com isso defendemos ser tão importante ter esse conteúdo, no currículo escolar.

       Outro exemplo é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, que permitiu o ensino confessional de religião nas escolas, significa que pode explicar exclusivamente informações referentes a uma determinada religião. Esta decisão é incoerente e cria dois problemas: permite que os docentes acabem ensinando só a fé que professam e contradiz o ensino facultativo descrito na LDB. 

         Diante de toda problemática, e mesmo que a LDB preveja, é preciso que ocorra a abolição dessa disciplina, e deixe seu ensino sob responsabilidade da família. Se o Estado é laico a educação também precisa ser. Logo não é lógico que a educação religiosa continue na LDB, mesmo que facultativa.

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Ana Késia da Silva Rocha, novembro de 2019

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Gravidez na adolescência: falta de informação ou irresponsabilidade

Esta sim é uma questão que pode comprometer qualquer futuro, entre tantos

outros acontecimentos que envolvem esse período da vida.

 

               Dizem que os jovens são o futuro da nossa nação. O que há de verdade nessa afirmação? Quem diz isso reflete sobre todas as questões que envolvem a juventude? E os problemas são levados em conta? Pode-se citar um deles: gravidez na adolescência. Esta sim é uma questão que pode comprometer qualquer futuro, entre tantos outros acontecimentos que envolvem esse período da vida.

             A cada mil adolescentes brasileiras, entre 15 e 19 anos, 68,4% ficaram grávidas e tiveram seus bebês, diz relatório de 2011 da Organização Mundial da Saúde. Isso precisa mudar, pois o risco para a vida da criança e da mãe se multiplica entre meninas com menos de 15 anos, sobretudo em países pobres ou nos em desenvolvimento. A adolescência é uma época de várias descobertas, entre elas o início da vida sexual, que uma fase necessária para a vida adulta. Porém é grande a parcela da população jovem que ignora a existência de métodos contraceptivos no início das relações sexuais, embora conhecendo-os não os adota. Com isso, observa-se alto índice de casos de gravidez e o aumento de doenças sexualmente transmissíveis nessa faixa etária.

             Muitas meninas adolescentes precisam abandonar a escola devido à gravidez, isso tem um impacto de longo prazo, como a perda das oportunidades de completar a escolarização e dificuldade de se inserir no mercado de trabalho. Como resultado, as mães adolescentes estão expostas a situações de maior vulnerabilidade e condicionadas a reproduzir padrões de pobreza e exclusão social. Existem muitos fatores de risco de gravidez na adolescência a serem analisados: questões sociais, econômicas, familiares, culturais e de educação, os quais precisam ser resolvidos, além da questão da saúde, tanto na prevenção quanto na gestação, parto e pós parto das adolescentes.

           A lei 13.798/2019 prevê a realização de uma Semana Nacional de prevenção da gravidez na adolescência, que deve se iniciar no dia 1º de fevereiro de cada ano. A data pode ter sido estipulada por ser um mês carnavalesco, momento em que há flagrante exposição da sexualidade, em decorrência, principalmente, das festas e o consumo de bebidas alcoólicas. O fato de uma lei ter sido estipulada evidencia que esse é um problema social e mostra que o crescimento de gestantes menores de idade vem aumentando gradativamente, portanto essa questão é grave e precisa ser discutida para ser minimizada.

           Apesar da ampla variedade de métodos contraceptivos, a taxa de gravidez não planejada é extremamente alta. Isso tem impacto na gravidez, já que é alta a taxa de mulheres que não faz pré-natal ou o faz de forma inadequada, não interrompendo o tabagismo, por exemplo. Soma-se a isso o baixo peso ao nascer, a prematuridade, e consequências para toda vida em relação à situação não planejada. O problema se agrava quando ela termina em aborto, o que potencializa muito os riscos de mortalidade materna.

            Existem algumas formas de ajudar e prevenir gravidez na adolescência, a principal delas é a educação sexual nas escolas. Muitos pais ou responsáveis pensam que educação sexual nas escolas serve para ensinar seus filhos a praticarem o ato sexual, mas é exatamente o contrário. É uma forma de ajudar os mais jovens nas fases de mudanças não só psicológicas mas também corporais. É um ensino que informa sobre menstruação, puberdade e outros vários fatores; demonstra as implicações, positivas e negativas, de se ter uma vida sexual ativa. Traz, ainda, informações como os adolescentes podem se proteger e ter uma vida sexual saudável. Ou seja, discute tópicos de interesse da juventude com o objetivo de buscar saúde sexual e emocional de todos.

Tainara Paloma Canuto de Souza, novembro de 2019

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Causas e consequências da gravidez na adolescência

Independentemente das causas, a gravidez na adolescência é um

problema de saúde pública, pois acarreta riscos à saúde da mãe e do

bebê, portanto essa situação tem impacto socioeconômico na sociedade.

 

            Muitos dizem que o jovem é o futuro do Brasil, mas poucos refletem sobre as questões que envolvem esse período da vida.  Uma delas é gravidez na adolescência, que vem se tornando um problema social. A situação é grave, cerca de 30% das meninas que engravidam precocemente acabam engravidando ainda no primeiro ano de vida do seu primeiro filho. Essa realidade precisa mudar.

          Muitas são as causas da ocorrência de gravidez na adolescência. Falta de diálogo no âmbito familiar? Falta de informação? Falta de educação sexual nas escolas? O atrevimento de meninas e meninos, motivados pelas músicas e danças sensuais? Penso que todos esses fatores influenciam, pois o sexo continua sendo tabu. Prova disso é o fato de muitos pais não conversarem ou orientarem seus filhos. Isso faz com que eles fiquem à mercê de todo tipo de influências que podem não ser positivas.

            Por acreditarem que uma gestação precoce nunca aconteceria, as jovens não aderem ao uso de métodos contraceptivos, talvez por vergonha de adquirir o produto ou, até mesmo, por objeção do parceiro. Isso tudo acrescido de um misto de irresponsabilidade, tão comum nessa idade. O problema se grava quando não há educação sexual nas escolas, quando falta diálogo em casa, quando os pais se negam a tocar no assunto por vergonha, ou por não saberem como abordá-lo.

              Independentemente das causas, a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, pois acarreta riscos à saúde da mãe e do bebê, portanto essa situação tem impacto socioeconômico na sociedade. Prova disso, é o fato de uma gravidez precoce trazer muitos riscos à vida da mulher, como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, risco de ter uma IST- Infecções Sexualmente Transmissíveis, como HPV, que causa câncer do colo do útero e maior incidência de mortalidade, por causa da demora de iniciar o pré-natal.

            Outra questão diz respeito ao fato de inúmeras jovens grávidas abandonarem os estudos, pois acreditam que não é possível conciliar a maternidade com os estudos, além disso, há a pressão da sociedade e da família que a jovem ou adolescente sofre por estar gravida tão jovem.  Essa situação pode levar à falta de perspectivas, pelo não planejamento familiar, o que pode acarretar depressão, bebês cuidados pelos avós, ou abandonados em abrigos. A jovem grávida geralmente tem maior dificuldade para conseguir emprego, ter independência, tornar-se ativa na sociedade. Estar gravida é, muitas vezes, motivo de as empresas não contratarem a jovem por conta dos gastos gerados pela licença maternidade.

​              Para minimizar ou resolver os problemas que uma gravidez nessa fase da vida gera, é necessário que haja equipes da saúde, juntamente com equipe do Conselho do Tutelar, para trabalhar com palestras, com depoimentos e fatos de jovens grávidas, relatando a realidade de uma gravidez precoce. Ter diálogo no âmbito familiar, com os pais orientando e aconselhando os filhos sobre os riscos de uma relação sexual sem o devido cuidado. A função da mídia, com campanhas publicitárias mostrando todas as consequências de uma gravidez na adolescência. Investir na criação de vídeos no YouTube que levem adolescentes e jovens a refletir sobre sexualidade, relacionamentos e gravidez, mostrando o outro lado do romantismo que supostamente uma gravidez na adolescência gera, pois, muitas vezes, as jovens idealizam uma gravidez sem considerar os riscos e as consequências desse acontecimento.  

Gabriely Silva Melchior,  novembro de 2019

Jovem – presente ou futuro?

Por pensarem ansiosamente no futuro esquecem-se do presente

de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro.

 

             Na atualidade, muitos jovens não sabem o que é viver, pensar no futuro é a maior prioridade. O futuro, o que vem a acontecer, passou a ser o nosso novo presente, passou a ser o que vivemos para ver acontecer. Mas, nesse jogo temporal (presente/futuro–futuro/presente), muitos jovens acabam tendo uma perda gradual na construção da identidade, fato que gera frustração, desordem emocional e vários outros tipos de insuficiências, resultando em pessoas frágeis, que não vivem o presente e nem conseguem projetar o futuro.

             Viver é participar dos eventos da história, querer mudar o mundo, encarar com ousadia o que ocorre em nossa vida, independente do chorar ou do sorrir, e é dessa forma que o próprio futuro se constrói em cada um de nós.  Como disse o poeta romano Horácio em seu livro Odes “[…] carpe diem, quam minimum credula postero” que significa “aproveita o dia e confia o mínimo possível no amanhã”, é isso que temos que ter como base central em nossa vida, não em como viver o amanhã, o amanhã é incerto, já o agora está em nossas mãos, é o verdadeiro presente.

             Viver o hoje traz desafios, desafios que estão reservados para cada um de nós, barreiras que precisamos enfrentar, entretanto, os adolescentes não pensam em como vencer esses desafios, eles parecem estar inertes a isso, mesmo não aguentando a pressão que é viver o hoje, ainda sim, querem mais, mais problemas e menos soluções. Querem estar em um amanhã que nem existe, e o agora? O agora fica para depois. O que eles não sabem é que esses desafios não vão simplesmente desaparecer, eles vão continuar ali, esperando por você, se não resolvermos agora, amanhã virão mais problemas e, assim sucessivamente.

               Na música “Como os nossos pais”, interpretada por Elis Regina, há o retrato dos desafios pelos quais o jovem passa, como é difícil as nossas escolhas e como elas afetam diretamente a nossa vida, “Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina, eles venceram, e o sinal está fechado prá nós, que somos jovens”. Aparentemente os jovens não se sentem inclusos nessa nossa sociedade e isso é um dos motivos para querem pensar no amanhã, mas se focarem somente nisso, não haverá bons resultados. Viver no agora é essencial para conseguirmos mudar o futuro. “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde”, apesar de ser um clichê, é válido para entendermos essa realidade. Por pensarem ansiosamente no futuro esquecem-se do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem “como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca tivessem vivido”, como bem registrou Jim Brown.

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Gabriela Ribeiro, dezembro de 2019

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Meio ambiente: a questão das queimadas

O meio ambiente preservado depende de cada um de nós.  

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               O meio ambiente sofre, pela ação do homem, inúmeras interferências e, muitas vezes, elas não são positivas. Pelo contrário, são danosas ao equilíbrio ambiental. Dentre as várias ações humanas que agridem o meio em que vivemos estão as queimadas. Usadas para limpar o terreno para o plantio, elas destroem a fauna, a flora e a fertilidade do solo. É preciso combater essa prática danosa ao ambiente.  

               Há registros de que a utilização das queimadas, no Brasil, tenha começado no período colonial, quando já era usada para a retirada da vegetação original, para o plantio ou formação de pastagem. Segundo uma análise feita pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), 33% das queimadas de 2019 estão em propriedades privadas. Por ser uma técnica rápida e barata, continua sendo muito utilizada no meio rural, além disso, muitos agricultores utilizam a queimada como uma forma de fertilização do solo, pois as cinzas seriam uma forma de adubo.  Porém, esse modo de limpeza de terreno, é alvo de críticas por ambientalistas, na atualidade. É um equívoco acha que com a queima o solo será adubado.

           No entanto, em alguns casos acabam perdendo o controle, provocando incêndios de grandes proporções.  Há uma estimativa, de 15 000 Km, que o Brasil perca a cada ano por conta de incêndios que perderam o controle. Além disso, as queimadas provoca alteração do equilíbrio dos ecossistemas, na fauna, na circulação de águas superficiais e subterrâneas, nas condições da temperatura e na liberação de vapor de água na atmosfera.  Também podemos citar o aumento das doenças respiratórias, o agravamento do aquecimento global e a diminuição da biodiversidade. 

             É de costume, para combater queimadas, o uso de retardantes de chamas, como por exemplo, o polifosfato de amônio, um sal inorgânico que produz água quando entra em processo de queima, porém, esse sal não é capaz de ter eficiência a longo prazo, pois a água presente na substância evapora em algum momento. 

          Algumas causas que podemos citar são: Técnica agrícola, desmatamento para a retirada de madeiras, a colheita manual de cana-de-açúcar, balões das festas juninas e fogos de artifício que são usados em comemorações, disputas por posse de terra, também motivam as queimadas criminosas.  

            Alguns pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram um gel que age como se fosse uma "vacina", para prevenir incêndios florestais.  A composição desse gel, tem o polímero celulose, que é um derivado das plantas, que fixa na vegetação, mesmo na chuva ou sol. Com essa nova invenção, os pesquisadores podem ter resolvido parte desse problema, pois quando misturado, o polifosfato de amônio com o gel, eles conseguem uma mistura que faz com que 50% do retardante de chamas, fixe por mais tempo na vegetação.  A "vacina" ainda passará por testes e experimentos até que possa estar segura, para então, ser aplicada nas florestas, por máquinas e aeronaves. Segundo os testes iniciais, não há alta taxa de toxicidade, e além de servir para evitar queimadas, o gel pode ser usado para ajudar a apagar incêndios no momento exato. 

              Enquanto esse gel não é aprovado, podemos evitar queimadas, como evitar de jogar bitucas de cigarro em vegetação seca, não soltar balões, não fazer fogueiras próximas de vegetações, não queimar móveis e/ou lixos. O meio ambiente preservado depende de cada um de nós.  

 

Gabriely Silva Melchior, dezembro de 2019

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Porte de armas, sim

Precisamos repensar nossas ideias, e refletir no

seguinte fato, estamos realmente protegidos?

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             Com a chegada do novo Presidente da República, Jair Bolsonaro, ampliou-se a discussão sobre a liberalização da posse e do porte de armas de fogo. Como tudo tem seu lado bom e ruim, devemos repensar sobre esse assunto, pois, com os argumentos apresentados até agora, percebe-se que o porte de armas será um grande passo para a sociedade.

               Muitos dos que defendem a legalização do porte usam como argumentos a proteção de si mesmos ou de sua família. E em de algum modo estão certos, pois, o número de sobreviventes, com o porte de armas, a assaltos são razoáveis comparado com os que não possuem o porte, o que explica assim, a frase “Armar para amar” ou seja, se arma para se proteger e proteger quem ama.

               Com duas semanas de governo, Bolsonaro assinou um decreto que sinaliza um compromisso com suas principais promessas de campanha: a permissão da posse de armas. Em maio, outro decreto foi assinado pelo presidente, aumentando a quantidade de profissões que podem ter acesso ao porte de armas. Nota-se, com essas medidas, um avanço, uma vez que a sociedade pode estar mais segura.

              No Brasil, o porte de armas é regido pela lei 10.826 de dezembro de 2003, conhecida como estatuto do desarmamento, que assegura a somente algumas pessoas o direito de ter o porte. O artigo 6º da lei assegura a “proibição do porte de armas em todo território nacional”, salvo casos específicos como: agentes de segurança pública, membros do exército ou funcionários de empresas privadas de segurança. Porém, em 15 de janeiro de 2019, o presidente sancionou o decreto presidencial nº 9.685, que altera o estatuto do desarmamento.

             Como disse anteriormente, esse assunto divide as pessoas, contra e a favor. A maioria dos que são contra dizem ser, pois, para eles, o Brasil já é um perigoso demais para mais pessoas terem o porte, ou seja, que já há bastante gente armada (bandidos) para liberarem o porte para todos. Dizem também que não deve ser liberado, pois, o brasileiro é conhecido por ser extremamente alterado, e que quando eleva o nível de estresse, já não pensa com clareza por seus atos. Outros usam a ideia de que muitas pessoas já morreram por engano por terem uma arma de fogo em casa, ou até mesmo que seria como ajuda para os suicidas.

             Porém, ao afirmar isso, eles esquecem que se a legalização do porte for aprovado, não será tão fácil obter uma. Para obter o direito do porte, é preciso acima de tudo, comprovar capacidade técnica e psicológica para o uso. É preciso ter acima de 25 anos, não ter antecedentes criminais, nem estar respondendo a inquérito ou processo criminal, ter residência própria e ocupação licita. Diante desses dados, já vemos que grande parte dos brasileiros já não poderiam ter o porte, né, meus amados?!!!

             O perfil das pessoas apresentadas comprova que seriam pessoas sensatas, ou seja, que não agiriam no momento de estresse, que pensariam duas vezes antes de agir, que seriam pessoas de bem, e saberiam o que fazer. Isso desmonta os argumentos citados acima.

              O país ainda não consegue proibir a entrada ilegal de armas de fogo, sendo assim, bandidos (pessoas que não se enquadram nas características acima) têm acesso a armas facilmente, colocando em risco vidas de pessoas inocentes. Isso é injusto, pois que bandidos têm, por que pessoas de bem não podem ter esse direito?

                 Já passou da hora de a sociedade brasileira poder se defender.  O Congresso precisa confirmar a proposta do presidente, e aceitar que precisamos de defesa, precisamos nos sentir seguros. A sociedade precisa entender que não basta ter leis, precisa-se abraçar a ideia, precisamos parar de nos vitimizar, e começar a lutar por nossa autodefesa. Precisamos repensar nossas ideias, e refletir no seguinte fato, estamos realmente protegidos?

Maria Fernanda Carvalho de Oliveira, dezembro de 2019

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ENEM vs opinião jovem

Discutir amenidades contribui pouco com a participação

social dos jovens, pois, como já foi dito, o tema proposto

não beneficiou a discussão relevante para a sociedade.

 

           

           A falta de sensatez na escolha do tema do ENEM para a redação deste ano de 2019 foi enorme. O tema deveria ser algo que estivesse em voga no país, um problema que realmente pudesse estar afetando o Brasil, para que assim os jovens pudessem argumentar, dar sua opinião sobre a problemática. São mais de 5 milhões de participantes que poderiam refletir sobre importantes temas, como por exemplo: evasão escolar; meio ambiente; a questão dos desaparecidos no Brasil; jovem no mercado de trabalho e patriotismo. Mas longe disso, propiciaram um tema fútil “A democratização do acesso ao cinema no Brasil”.

 

          Nosso país está passando por um momento crítico. Neste momento, a nação pode estar se afundando e o que os organizadores do ENEM propiciam aos jovens? Discutir a democratização do cinema. Uma forma de pôr cinemas em cidades mesmo sendo evidente que não se precisa mais sair de casa para assistir a um filme, sendo claro que só é preciso baixar filmes pelo YouTube ou pagar uma conta na Netflix, sendo simples e prático.

             No Brasil há aproximadamente 3.316 salas de cinema em funcionamento, levando em consideração que possa haver até 5 cinemas em cada estado, seria até desnecessário querer construir mais cinemas no país, pois como dito antes, cinemas não são mais o primeiro lugar que as pessoas buscariam para assistir a filmes. Hoje há outros modos e outras possibilidades para o lazer.

            O tema da redação do ENEM de 2019, como já dito, destoou do que seria o ideal. O real objetivo para o ENEM é propiciar aos jovens fazer uma redação expondo suas opiniões sobre temas realmente importantes, que afetam nossa sociedade. Discutir amenidades contribui pouco com a participação social dos jovens, pois, como já foi dito, o tema proposto não beneficiou a discussão relevante para a sociedade.

Algumas pessoas que fizeram a prova disseram gostar do tema, afirmando que “foi um bom tema, ou, que fizeram uma boa escolha”. Um deles foi o YouTuber Umberto Mannarino que afirmou ter gostado da proposta. O que ele não pensou é que o tema não beneficiou grande parte da população, principalmente a de lugares que a própria prova dizia não ter cinema. Como escrever sobre algo que não se conhece?

             É necessário que o INEP reveja os critérios de escolha do tema da redação do ENEM, pois a prova deve levar em consideração algo realmente importante para a sociedade e não assuntos distantes dos reais problemas que o Brasil precisa enfrentar. Assim, não voltando a esse equívoco de escolher um tema que, por si só, já exclui candidatos de pequenas cidades, onde sequer há cinema.

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Nathally Gabrielly, dezembro de 2019.

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